quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

É tanto querer...

Eu quero tanta coisa que as vezes eu nem sei mais o que eu quero
Tem aquelas coisas que eu quero para ser politicamente correta
Ou aquelas pra cumprir o meu dever de pessoa do bem
Mas tem aquelas que eu quero só pra mim, de uma forma bem egoísta
Tem coisas que eu quero muito, outras eu quero agora
Aquelas que eu quero pra um dia
Tem coisas que eu quero que eu sei que nunca vou ter
E tem coisas que eu tenho que eu não preciso tanto assim
Querer não é poder
Mas querer pra poder
Mais poder pra ter
Ter pra poder
Tem horas que o que eu quero está tão longe que eu nem sei se eu quero mais...
Eu acho que eu passo o dia querendo alguma coisas. Será?!
Enfim, nesse momento eu só gostaria de voltar pra casa... Eu acho...

Mas no fundo, eu só quero que o dia termine bem...


 

Ano de 30 anos... com direito a tema musical


OneRepublic - Counting Stars


Pronto, escolhi essa música pra ser tema desse ano.
Ano de completar 30 anos.  
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Um trato com Deus

A história de um trato que fiz com Deus para antes de ter filho.

 
Todo mundo sabe aquela SEMPRE conversa de quando alguém fica noivo e os outros perguntam sobre o casamento, quando casam perguntam pelo filho, depois sobre o 2º filho. Blá blá blá... Aconteceu comigo. E eu já fiz (e faço) isso com várias pessoas.
Assim que eu me casei, muitas, mas muuuuuuuuuitas pessoas me perguntavam sobre filhos.
Eu queria, mas não via como algo brevemente possível. Eu estava trabalhando tanto, viajando tanto a trabalho pelo Brasil. Morava em um apartamento de um quarto, que era suficiente somente para mim e meu marido. Não tinha muito espaço para as minhas bolsas, quem dirá para uma criança. Outra coisa, onde eu arrumaria tempo pra uma criança? Além do medo da gestação em si. Confesso, não achava mulher grávida bonita. Achava que não deveria ser muito confortável amamentar. Pensava: um menino pendurado no meu peito, e ainda saindo leite de mim. Pensava sobre a mudança no corpo: "e se eu engordar?!". Enfim, milhões de pensamentos e longe de me ver mãe tão cedo.
Meu marido sempre quis ser pai e eu comecei a pensar "quem sabe depois da Copa de 2014". "Daqui 4 anos". Era o que eu repetia. Assim, daria tempo de mudarmos de apartamento, crescer e aparecer no meu trabalho, fazer um MBA e um mestrado, virar uma pessoa fitness (malhadona, saradona). Pronto! 4 anos será a data perfeita.
(rs...)
Mas, comecei a reparar meus amigos que tinham filhos. Parecia legal. Parecia uma família mais "completa". Então, eu virei pra Deus e falei:

- Tá bom, Pai, eu vou ter um filho, mas antes, eu gostaria muito de fazer 2 coisas: conhecer a Índia e voltar na França. Nem que seja a trabalho, mas, quero fazer essas viagens antes de ter um filho. Pode ser? O que Você acha?
Foi um pedido sincero. Desses que a cabeça e o coração concordam.
Porém, achava que isso não fosse se realizar tão cedo. Parecia impossível, na verdade.
Tenho meus motivos pra escolher a Índia e a França (Um dia explico. Um dia escrevo sobre isso).
Uns dias depois dessa conversa com Deus (poucos dias depois), minha chefe chama a equipe pra uma reunião. Dentre vários assuntos na pauta, surge a organização de mais uma Missão, que não era tema que me envolvia. Eu estava na minha, cabeça baixa, rabiscando meu caderno. Ouvi o nome "Nova Delí" e levantei a cabeça pensando "que massa, vai ter uma Missão pra Índia". Em seguida ouvi: "Eu queria que a Ludmila acompanhasse". Eu fiquei meio confusa (não estava entendendo direito).
- Isso, Lud, você vai acompanhar a Missão precursora a Nova Deli. ok?!
Daí minha chefe completou:
- A viagem é daqui 2 semanas. (Sim, ela disse duas semanas).
 
Fiz que estava entendendo, com aquela cara de que estava tudo tranquilo e "comum". Mas por dentro eu pensava: "Meu Deus, eu não acredito. Eu vou pra Índia?! Eu? Sério? Como assim? Daqui duas semanas? Tem uns dias que conversamos e daqui duas semanas eu vou?".
Não sei se quem está lendo essa história tem isso, mas, sabe quando você sente Deus, lá do céu, dando aquela piscadinha, dizendo: "Viu". Pois é, eu senti a piscadinha de "viu" de Deus.
 
 Eu só não fui para a Índia uma vez, como duas, num período de 3 meses. A trabalho, mas, cumpri o que eu gostaria. Vi de perto a cultura, o idioma, as cores, as comidas, as diferenças, as belezas, os contrastes, as disparidades, alguns palácios, algumas feiras, a música, o povo indiano. Interessante. Diferente. Lindo e, eu recomendo, conheçam a Índia!
 
Não para por aí. Lembra que eu falei sobre a França, também?!
Em meados de junho, três meses depois, ouvi comentários que teria uma Missão pra França. Eu fiquei quieta, sem nenhuma reação. Cara de paisagem. Não queria demonstrar nenhum interesse. E ouvi que minha chefe me indicaria para acompanhar. Será? A missão seria em novembro? Fiquei na minha.
Em setembro eu descobri que estava grávida. Sim, gravidíssima.
Mas, minha chefe mandou uma colega do job para um intercâmbio de um mês em Paris, que aproveitaria para acompanhar a tal Missão, em Lyon. Pensei: já foi, meu acordo com Deus será "meio" cumprido. Mesmo asim já valeu demais. Fui à Índia e amei. Um dia eu volto à frança". Estava conformada e calada. Não contei do meu trato com Deus pra ninguém.
- Lud, eu quero que você organize e acompanhe a Missão mesmo assim.
Disse minha chefe.
- Chefe, mas a Bella já está lá, se você quiser eu organizo a parte brasileira daqui mesmo e ela acompanha. (confesso que disse isso demonstrando certo desinteresse em ir, e meio que, "testando" se Deus realmente "faria" com que eu fosse).
- Lud, você vai!
Sim, eu fui. Passei um final de semana (por minha conta) em Paris, depois passei uma semana trabalhando em Lyon, e depois, também por minha conta, voltei em Grenoble. Ma petite Grenoble.
 
Estava com 3 meses de gestação, e Deus me deu essa oportunidade. Foi um presente. Um trato que eu fiz com carinho, e que aconteceu! Deus lindamente realizou!
Meu marido fala: - Por que você não pediu uma Ferrari antes de ficar grávida? Um casarão no Park Way? (rs...).
Sei lá. En fait...Só sei que eu pedi essas duas coisas.
Só Deus pra nos entender e pra ser tão... Deus.
 
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Uma bela manhã de sábado, fora do controle.

Bem que me avisaram que quando eu tivesse um filho, eu perderia o controle.
Compartilho minha história de perda de controle que escrevi no último sábado.

"Ontem, cheguei do trabalho, curti muito meu bebê, amamentei e o fiz dormir. Depois disso, arrumei a casa todinha, afinal, na manha de sábado não queria me preocupar com nada. Queria curtir cama com meu marido e meu filho. Imagina aquela cena de filme, a gente rindo, conversando, brincando jogados na cama. (Rs...)

Então, na noite de sexta limpei chão, guardei tudo que estava fora de lugar, botei roupas pra lavar, tirei a poeira dos móveis. Sim, o Maridão ajudou bastante. Lavou louças, estendeu as roupas. Ele sempre ajuda (ajudar não é a palavra correta), mas, enfim, isso eu reconheço e sou sempre grata!
Casa limpa, linda, cheirosa. Vamos dormir que amanha é sábado! Uhuul.

Chega sábado. O Theo acorda às 5:40.

- Não, meu filho lindo, 5:40 não, please!
O Maridão pega o neném, pra tentar fazê-lo dormir novamente e me deixar descansar.
 
Quando eu acordo novamente, são 8 e pouco, e o Theozinho chorando pra mamar!

Mama, brinca, puxa meu cabelo, mama de novo, brinca mais, golfa na roupa de cama (Já estou acostumada. Antes eu corria, limpava, passava um paninho úmido. Agora, sem estress, daqui a pouco seca, rs...). Eu olho pro marido, q ninou o baby às 5:40, e o deixo dormir.

Vou pra sala. Vamos ver desenhos.

- Tchau cama de sábado.
 
10:00, hora da papinha de frutas. Mamãe faz tudo lindo, no potinho colorido, o paninho pra limpar a mãozinha, o babadorzinho.... Mesmo assim, tem pêra no chão, no meu cabelo, no meu rosto, no carrinho... Ah, fazer o que, né, o importante é que ele coma! Depois eu limpo. (Sem nóia com limpeza, Ludmila, pelo amoooor de qualquer coisa).
 
Pronto. Comeu bem. Tomou suco.

Deixo ele no desenho enquanto coloco as coisas na pia. 
 
Hora de pegar meu amor no colo. Peguei, apertei, beijei.

Ops, ele derramou tanta papinha assim?!... 
 
Não, Lud, ele fez o número 2, que vazou a fralda, sujou a roupinha, o carrinho, agora o braço da mamãe, o pijama de ceda que a mamãe colou do pra ficar bonita, mas de pijama, nessa linda manha de sábado. 
 
Dei um banho nele. Ele agora ficou com soninho. Terminou de tomar o suco de laranja e passou a mão no meu rosto, que eu entendi como carinho. O melhor carinho do mundo com aquela pequena mão. Mãozinha macia, parada no meu rosto. 
 
Dormiu.

São quase 11:00. A manhã de sábado passou e eu agora tomo café da manhã sozinha, mas, muito feliz.
 
Não foi como eu planejei, mas, foi tão gostosa, curtindo e cuidando do meu pingo de gente. Vendo esses pequenos olhos brilhantes e esse sorriso sincero e ganhando um carinho. 
 
É tão bom! Fora do controle, mas, muito bom!".


En fait... Meu blog!

“En fait” é uma expressão muito utilizada pelos falantes do belíssimo idioma francês. Significa “de fato”, que pode ser usada em duas situações. Como uma forma de confirmar uma informação ou assunto. Ou totalmente o contrário, contradizer algo!

Sim, esse é o nome que escolhi para meu espaço, pois, en fait, aqui eu vou falar do que gosto na verdade e, en fait, minha opinião pode concordar ou, claro, ser contrária a de muita gente!

Sempre quis um blog, mas sempre tive dificuldade em definir um tema. Tenho amigas que tem blogs de moda, de culinária, de casamento, sobre criação de filhos, de vendas... E eu nunca consegui pensar em algo único a falar. Pensei em fazer sobre noivas na época da preparação do meu casamento, mas não tinha tempo pra nada. Hoje estou com mais de 3 anos de casada e a ideia não saiu do papel. Pensei em fazer um blog sobre mulheres modernas do século 21, que se viram em mil pra serem (ou tentarem ser) ótimas e presentes em seu lar, e ainda se viram nos 30 no mundo corporativo, mas numa perspectiva não muito clichê e obvia, formatos que tenho fobia – motivos de me fazer visitar uma única vez muitos dos blogs indicados.

Também pensei em abordar o tema Viagens, já que vivo com o pé na estrada, e tento aproveitar ao máximo cada canto que conheço. Fora outros temas que sou apaixonada, como, política, decoração, moda, artes plásticas, literatura, música, teatro, filmes, diferentes culturas, idiomas, crenças... Seria impossível me delimitar a um tema só.

Outro motivo de escolher o nome “En fait”, foi por ter tido uma super experiências da minha vida morando um tempo na França. Foi um período de muito amadurecimento, e que eu pude descobrir muito de mim mesma. Aprendi a me respeitar, ver meus limites e descobrir algumas coisas que odiava e outras que passei a amar loucamente. Lá, na tão bela e pequena cidade chamada Grenoble, escutava em cada esquina a expressão “en fait”, que en fait, passei a me apaixonar pela cultura francesa, pelo idioma francês, pela culinária francesa.

E hoje, tenho outro super motivo, que posso chamar de inspiração. Sou mãe de um neném lindo que, essa semana, fará 6 meses. Estou apaixonada pelo universo da maternidade. Aqui, vou poder compartilhar um pouco dessa incrível experiência, também.
 
Vamos ver onde isso pode chegar... Mas a intenção é compartilhar um pouco de tudo que acho interessante, seja pelo meu ponto de vista, ou pelos olhares de pessoas queridas e/ou que admiro.

Bienvenue ao meu petit espaço!